Agora sim! O verão chegou: Sol e calor. Esse é o clima que amo por aqui.
Destino de hoje: L´Orangerie.
O Museu de L´Orangerie é uma galeria de arte impressionista e pós-impressionista localizada na Place de la Concorde. A galeria está na antiga estufa do Palácio das Tullerias.
Como o próprio nome sugere , o museu está localizado num antigo laranjal, construído em 1852, no Jardim das Tulheries.
Cheguei de metrô, na estação Tulherie e atravessei o jardim caminhando. Só isso já teria valido a pena!
Mas, o espetáculo maior ainda estava por vir.
L`Orangerie é conhecido sobretudo pelo grande conjunto/ mural de Claude Monet, Les Nymphéas.
Sou apaixonada pelas obras de Monet. Especialmente depois de ter conhecido a casa e os jardins em Giverny, desse incrível retratista da natureza. Ao olhar suas obras é como estar ao vivo naquele lugar...ou, o contrário, ao estar nos jardins de Monet é como estar dentro de um quadro pintado por ele. Apaixonante!
Sou da área de Letras. Portanto, tive contato com escritores de variadas épocas. Confesso que, ao se tratar de pintores meu conhecimento não é muito grande. O que mais me chama a atenção, ao entrar em um museu de arte, é observar as crianças, levadas por seus pais para apreciar as obras. Privilégio o delas. Desde pequenas estão sendo despertadas para tal conhecimento. É por isso que a facilidade delas é grande e a minha dificuldade ganha espaço. Então, sem tempo a perder...nunca é tarde para começar.
O ingresso custou 9 euros. E, o áudio guia mais 5 euros. Com 14 euros me deliciei durante quase 3 horas. Apreciando, olhando, escutando, retomando e entendendo a filosofia de vida de cada artista: Monet, Picasso, Renoir, Cézanne, Rousseau, Modigliani, Laurecin, Matisse, Derain, Utrillo e Soutine.
Alguns dele nunca havia ouvido falar. Outros, por serem mais famosos e populares, eram mais familiares.
Deixo aqui registradas algumas curiosidades que achei interesse:
Claude Monet ( 1895-1926)- Durante 30 anos trabalhou incansavelmente sobre o mesmo tema: Lírios de Água. E, pintou mais de 300 quadros...todos sob o cenário de sua casa e jardim, em Giverny - na Normandia. Acometido por cataratas, quase cego no fim de sua vida, continuava a pintar ( sem enxergar) pois sabia onde estavam as cores nas paletas, que as deixavam sempre no mesmo lugar.
Paul Cézanne ( 1839-1906) - Extremamente exigente, levava longo tempo para pintar uma tela e poucos modelos resistiam a isso. Razão pela qual se explica que ele optou por pintar natureza morta, na maioria de suas obras.
Pierre-Auguste Renoir ( 1841- 1919) - Sofreu de reumatismo crônico e no final da vida usava cadeira de rodas. Sem conseguir andar, nos últimos 15 anos preferiu pintar de forma horizontal pois permitia pintar sentado. Intitulado o pintor da felicidade e das alegrias do momento, não se deixava abater. Dizia:
" Para mim, um quadro tem que ser alegre, bonito e agradável. Sim, bonito. A vida já tem coisas aborrecidas demais. Sei que é difícil convencer as pessoas que um quadro pode ser bonito e uma grande obra ao mesmo tempo".
André Derain ( 1880-1954)- Esse pintor tem o maior número de quadros na L´Orangerie ( 28) do que qualquer outro artista do Museu. Apaixonado pela arte africana. Dizia que se encantava com o mistério do preto, cor que usava com frequência em suas obras. Em 1920 foi considerado por críticos de renome como " o maior pintor francês em vida" .
Pablo Picasso ( 1881-1973) - Casou-se com uma bailarina Russa ( Olga) e passou a pintar corpos de bailarinas de forma musculosa. Gordas! Começou a transformá-los igualdade a monstros de pedras sob a influência de Matisse quando fez uma viagem à Itália. Teve fases vaiadas e se expressou de múltiplas maneiras nas telas.
Henri Matisse ( 1869-1954)- A maioria de suas obras, que estão no Museu, retratam janelas, que passam a ser o tema preferido do artista na fase em que foi morar em Nice e viveu hospedado em um hotel durante quatro anos.
Foi um verdadeiro encontro com o tempo.
Um fascínio que tenho em conhecer pessoas e suas trajetórias de vida.
Cada um com sua história. Seus amores e des-sabores.
E, assim transcendem a imaginação de todos nós.
Au revoir. À demain.
Destino de hoje: L´Orangerie.
O Museu de L´Orangerie é uma galeria de arte impressionista e pós-impressionista localizada na Place de la Concorde. A galeria está na antiga estufa do Palácio das Tullerias.
Como o próprio nome sugere , o museu está localizado num antigo laranjal, construído em 1852, no Jardim das Tulheries.
Cheguei de metrô, na estação Tulherie e atravessei o jardim caminhando. Só isso já teria valido a pena!
Mas, o espetáculo maior ainda estava por vir.
L`Orangerie é conhecido sobretudo pelo grande conjunto/ mural de Claude Monet, Les Nymphéas.
Sou apaixonada pelas obras de Monet. Especialmente depois de ter conhecido a casa e os jardins em Giverny, desse incrível retratista da natureza. Ao olhar suas obras é como estar ao vivo naquele lugar...ou, o contrário, ao estar nos jardins de Monet é como estar dentro de um quadro pintado por ele. Apaixonante!
Sou da área de Letras. Portanto, tive contato com escritores de variadas épocas. Confesso que, ao se tratar de pintores meu conhecimento não é muito grande. O que mais me chama a atenção, ao entrar em um museu de arte, é observar as crianças, levadas por seus pais para apreciar as obras. Privilégio o delas. Desde pequenas estão sendo despertadas para tal conhecimento. É por isso que a facilidade delas é grande e a minha dificuldade ganha espaço. Então, sem tempo a perder...nunca é tarde para começar.
O ingresso custou 9 euros. E, o áudio guia mais 5 euros. Com 14 euros me deliciei durante quase 3 horas. Apreciando, olhando, escutando, retomando e entendendo a filosofia de vida de cada artista: Monet, Picasso, Renoir, Cézanne, Rousseau, Modigliani, Laurecin, Matisse, Derain, Utrillo e Soutine.
Alguns dele nunca havia ouvido falar. Outros, por serem mais famosos e populares, eram mais familiares.
Deixo aqui registradas algumas curiosidades que achei interesse:
Claude Monet ( 1895-1926)- Durante 30 anos trabalhou incansavelmente sobre o mesmo tema: Lírios de Água. E, pintou mais de 300 quadros...todos sob o cenário de sua casa e jardim, em Giverny - na Normandia. Acometido por cataratas, quase cego no fim de sua vida, continuava a pintar ( sem enxergar) pois sabia onde estavam as cores nas paletas, que as deixavam sempre no mesmo lugar.
Paul Cézanne ( 1839-1906) - Extremamente exigente, levava longo tempo para pintar uma tela e poucos modelos resistiam a isso. Razão pela qual se explica que ele optou por pintar natureza morta, na maioria de suas obras.
Pierre-Auguste Renoir ( 1841- 1919) - Sofreu de reumatismo crônico e no final da vida usava cadeira de rodas. Sem conseguir andar, nos últimos 15 anos preferiu pintar de forma horizontal pois permitia pintar sentado. Intitulado o pintor da felicidade e das alegrias do momento, não se deixava abater. Dizia:
" Para mim, um quadro tem que ser alegre, bonito e agradável. Sim, bonito. A vida já tem coisas aborrecidas demais. Sei que é difícil convencer as pessoas que um quadro pode ser bonito e uma grande obra ao mesmo tempo".
André Derain ( 1880-1954)- Esse pintor tem o maior número de quadros na L´Orangerie ( 28) do que qualquer outro artista do Museu. Apaixonado pela arte africana. Dizia que se encantava com o mistério do preto, cor que usava com frequência em suas obras. Em 1920 foi considerado por críticos de renome como " o maior pintor francês em vida" .
Pablo Picasso ( 1881-1973) - Casou-se com uma bailarina Russa ( Olga) e passou a pintar corpos de bailarinas de forma musculosa. Gordas! Começou a transformá-los igualdade a monstros de pedras sob a influência de Matisse quando fez uma viagem à Itália. Teve fases vaiadas e se expressou de múltiplas maneiras nas telas.
Henri Matisse ( 1869-1954)- A maioria de suas obras, que estão no Museu, retratam janelas, que passam a ser o tema preferido do artista na fase em que foi morar em Nice e viveu hospedado em um hotel durante quatro anos.
Foi um verdadeiro encontro com o tempo.
Um fascínio que tenho em conhecer pessoas e suas trajetórias de vida.
Cada um com sua história. Seus amores e des-sabores.
E, assim transcendem a imaginação de todos nós.
Au revoir. À demain.
4 comentários:
Delicioso amiga !!!
O nome, L´Orangerie, ja é convidativo,,,,
As imagens , belissimas !
Maravilhoso, poder curtirt tudo isto, com TEMPO, tranquila , absorvendo cada instante de Paris !!!
bjsss, e continuo "viajando " aqui contigo...........
Verdade, Kátia. TEMPO! Esse é o grande presente que estou me dando! Estou feliz. Obrigada por estar comigo! Bjssss
Nossa! !!que delícia de aula..sim jma aula na sua mais bela forma, a vivência. ..obrigada querida amiga!!Estou encantada por essa Paris dos meus sonhos . E bem assim que quero conhecê-la devagarinho e intensamente. ...enquanto isso viajo com vc.. Vamos lá, até o próximo post bj
Fico tão feliz que estejas gostando de viajar comigo!!!!! Quando voltar sentaremos para um cafezinho...ok?
Já fica marcado! Bisous
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