Peças antigas sempre captam a minha atenção.
Como esta que decorava a mesa na casa de uma querida amiga.
Uma leiteira de porcelana em formato de vaquinha.
Simplesmente maravilhosa. Única.
Fazia parte do acervo de louças usadas na casa da chácara.
Outro detalhe está na toalha da mesa. Um jogo americano bordado à mão.
Delicadezas de mãe ao organizar o enxoval da filha.
E, a coleção continua.
O encanto dessas peças, além da beleza, está na criatividade de minha amiga em colocar nelas arranjos de flores naturais ou ervas aromáticas.
Uma delicadeza!
Um charme. Observem que linda!
As lembranças estão estampadas no cenário. Quando o tempo passa e coisas novas chegam para ilustrar o caminho, trazer as memórias para a mesa é como reviver cada flash de dias que ficaram lá longe. Imagino que minha amiga Rosita (no centro-blusa branca), ao decorar a mesa para nos receber em sua casa, com essas exclusividades tão apaixonantes, trouxe também um pouco do melhor da atmosfera que ficou em sua mente e em seu coração, de alguns momentos vivenciados em família. Cada peça, um significado. Cada olhar, uma resignificação dos cafés da manhã, na casa da chácara.
É comum ouvir pessoas dizendo que é preciso ter história para contar. GRANDE VERDADE.
Particularmente, valorizo e muito quando visito alguém e vejo peças que contam a história de vida das pessoas que ali moram. Peças antigas trazem nelas o aconchego do pertencer. Do fazer parte, de ter raiz. Mesmo que o novo também seduza, predomine e se destaca; no antigo estará sempre impresso uma aura de perenidade e presença marcante.
" Preciso reviver, eu bem sei,
mesmo que só na lembrança,
voltar à minha antiga casa,
rever a minha infância
e todos os momentos felizes que lá passei."
Clarice Pacheco
Gratidão e aplausos, Rositinha. Linda e especial vivência!