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domingo, 23 de abril de 2017

Potinho de Mel de Lavanda

Faz tempo que escrevi e publiquei uma postagem aqui. Hoje, ao olhar a data,  nem quis acreditar: julho de 2016. Ao mesmo tempo, foi um período de afastamento necessário. Porque escrever por escrever é algo que não sei fazer...precisa sair da alma, com entusiasmo e vibração. E, vivenciei momentos tão delicados que minha alma  pedia que me aquietasse. Ela me confidenciava que alma sentida não tem vigor para externar pensamentos vibrantes. Uma grande amiga, uma irmã do coração deu adeus para todos nós e foi aromatizar o céu com suas lindas lavandas. Foi um despertar para o meu recolhimento.


Mas, a vida vai se pondo, ela não para. É bom olhar pra ela com esperança. A coragem de ir em frente pode vir de um sorriso que acolhe, de uma gratidão que se aflora ou de um sentimento de missão cumprida oferecendo o seu melhor para os que estão ao seu lado. Viver hoje como se não houvesse o amanhã, como dizia o poeta.  Hora de expansão da alma.


Assim como a vida vai, ela também vem. É um movimento no compasso do coração e nesse vai e vem nos damos conta que o universo é mesmo preciso e muito generoso. Sem muito avisar envia uma flecha açucarada que contamina a gente com a doçura de sorrisos fáceis e babões. Como descrever a chegada da primeira neta? Impossível...porque o amor transborda e a emoção tira os pés do chão. Tornam-se pezinhos de bailarina, que dançam no ar. Flutuando...

                                                              
 Ela chega nesse momento de expansão da minha alma. Tornou-se o meu potinho de mel: Mel de Lavanda, aroma delicado com cheiro de ternura. Já faz sete meses que Isabela, essa abelhinha fabricante de doçuras e mais doçuras, deixou em mim o mais puro gosto do amor incondicional.
                                          Bem que me diziam... vais ver quando tiveres netos!


                                        " Perguntaram-me indiscretos: o que fazes tu agora?
                                           Respondi: faço netos; é o meu ofício da hora.

                                           E é rentável tal mister? Tem vantagem pecuniária?
                                           Lucro, juros, ágio ou sequer a correção monetária?

                                           Recebo em MEL minha parte; em graça de conviver;
                                           Em toda sorte de arte, que só eles sabem fazer.

                                           Portanto, ouça e propague: netos são dons; são regalos;
                                           Não há dinheiro que pague o gosto de contemplá-los.

                                           E a criação é atribulada? Não chego a perder meu sono
                                           Isso é função delegada; eu apenas supervisiono."
                                         ( Fragmentos do Tratado Geral dos Netos - Marcondes Gadelha)

                                                                              Momento de gratidão!
                                              

                                 

                                        
                                                   
 

4 comentários:

Patricia Merella disse...

Minha querida, que post lindo.Feliz, muito feliz por ti! É um grande privilégio poder ser avó. Que a doçura e delicadeza neste momento embale teus dias.A nossa Lavandinha eternizou em nós. Olho as minhas lavandas no jardim voltando e sempre penso nela.Tenha uma feliz semana, beijinhos

Unknown disse...

Querida Patricia. Tenho saudade de ti. Obrigada por vir adoçar a postagem com tua doçura!

Unknown disse...

Nossa Marilde, sinto que são tua alma e teu coração que falam! Muito gostoso ler esta crônica. Pra quando um livro?

Unknown disse...

rsrsrsrsr....sempre me perguntam...e a medrosa aqui acha que não é pra tanto! adorei que viesses aqui me visitar. Ficaria muito lisonjeada se me seguires...Bjs