Amor pelo Mel. Série Paris

                                 " Se sentir bien grâce aux tresors des abeilles" 

                 Entrar  em uma das 25 lojas  Famille Mary, situadas na França, é de fato
                                    " sentir-se bem, graças aos tesouros das abelhas".

Fundada por Jean Mary, apicultor em 1921. Desde lá a tradição é mantida e a Família Mary é profundamente reconhecida na região por sua preocupação com plantas medicinais e a extração do mel.

                                                   Premiados pela qualidade .

                                                                    Miel de Tilleul
Tilia é o nome de um gênero de árvores da família das Malváceas, com cerca de 40 espécies. Era considerada uma árvore sagrada pelas antigas civilizações germânicas, dotada de uma longevidade incomum, chegando a viver cerca de mil anos. É uma árvore de grande porte, frondosa, nativa da Europa e do oeste da Ásia. Possui propriedades medicinais  e suas flores aromáticas, depois de secas, são usadas como antiespasmódico, sedativo, no tratamento de convulsões, angústias, etc...

                        Segundo o simpático vendedor...temos no Brasil o melhor própolis verde.
                                                   Esse, da caixinha verde na prateleira.

                     São muitos os produtos nessa loja daqui do  Quartier Batignolles ( 17 arrd),
                                                   44, rue de Levis ( Metrô Villers).

                     Entrar aqui é preciso de tempo para olhar tudo bem de perto,
                                                  pois cada um tem uma história, um benefício diferente.

                                           Também pode-se comprar mel à granel...( até rimou)!

                  Primeiramente o vidro é pesado vazio. Após seu enchimento é pesado novamente.
                                                                   E, voilà!

                                  Para conhecer mais acesse www.famillemary.fr

                                              Saúde para você! À demain.

Seguro viagem. Série Paris.

Ao preparar uma viagem internacional  lembramos de tudo: as passagens, os dólares ou euros, a mala, as roupas e o seguro viagem. As vezes dá até vontade de não fazê-lo porque acreditamos que não vamos precisar desse tal seguro. Eu diria que ele deveria ser a primeira coisa a ser providenciada, porque se precisar vai fazer diferença no seu sossego e no seu bolso.

E, vocês sabiam que podem receber gratuitamente o seguro viagem, desde que comprem as passagens com cartão de crédito? É o chamado Certificado Schengen. Lembrem disso! Vale a pena a economia e esse seguro funciona!

Sei disso porque precisei usá-lo, aqui em Paris. Fui atendida no pronto socorro do Centre Hospitalier National d`Ophtalmologie des Quinze-Vingts  (28, rue de Chacenton 75.012): meu olho esquerdo começou a ficar vermelho.

 Não coçava, não tinha dor e enxergava tudo normal, mas estava bem vermelho. Comecei a colocar o colírio de costume, que tinha comigo. Nada. No dia seguinte, mais vermelho. Fui até a farmácia e a farmacêutica me receitou um colírio diferente. No outro dia...mais vermelho. Já estava tão vermelho que eu mesma tinha medo de mim ao me olhar no espelho. Coisa estranha!!!

Voltei àquela farmácia e trocaram de colírio....agora, com vitaminas e mais uma pomada. Ao acordar....nossa! Muito vermelho. Sorte minha era o meu óculos de sol! Porque quando eu o tirava as pessoas se assustavam. Esperançosa com a nova medicação, fui dormir. E, na manhã seguinte o espelho me diz: médico...urgente!

A farmacêutica me recomendou um hospital e anotou o endereço. Papel na mão e lá fui eu. Chegando no hospital me senti no Brasil....uma fila enormeeeeeee para fazer a inscrição do atendimento (2 horas). E, depois mais 2horas e meia para ser atendida.

Madame Sievert! Opa, sou eu.
Entrei e a médica debulhou uma conversa corrida que nada entendi. Foi quando eu expliquei calmamente que era brasileira e que se ela falasse bem devagar eu a entenderia.  D´accord...diz ela.

A consulta foi muito rápida, mas cheia de exames naqueles equipamentos ...olha pra cima, pra baixo, esquerdo, direito...e aquele soprinho e mais um colírio para dilatar...

-Pas grave! Diz ela.
A aparência não é bonita, mas você não tem nada grave. Só hidratar com lágrima artificial.
-E, o que faço com essa aparência de olho do " capeta" ? ( claro que não falei capeta...até porque não sei como se diz em francês).
- Pas de tout...ou seja nada! Espere passar.
- Oui, disse eu. Merci.

Saí de lá toda feliz. Cansada por esperar 4h e meia, mas feliz.
Primeiro, porque não era nada grave.
Segundo, porque o seguro funcionou maravilhosamente bem!

Voilá...mais uma vivência da Marildinha.

                                                     Ah! Meu olho já está ótimo, viu? Ufa!
                                                                              Ulalá!
           

Petit Lille. Série Paris.

A pequena Lille fica perto de Paris.
 Pegando o TGV ( trem de alta velocidade) em 1 hora chega-se a essa encantadora cidade.

Lille é uma cidade localizada no norte da França, com 227 mil habitantes.
 Situa-se perto da fronteira com a Bélgica e do canal da Mancha.

                                                     Lille já é mais belga do que francesa.
                                Lá as pessoas falam diferente, comem e bebem coisas diferentes.

                 A praça principal é muito linda e grande. Tem gente que até pensa que está em casa.
                  Ele tinha até uma escovinha de dente para a limpeza da camiseta!

Imperdível é visitar a maior livraria da França: Le Furet, na Place General de Gaulle. São oito andares incríveis de se ver. Setores para todos os gostos e necessidades. Impressionante a diversidade dessa livraria!

                                                      E, olhem quem encontrei lá!

Interessante é que ao meu lado, no trem sentou um jovem que fazia parte de um grupo de 7 amigos, vindos da Turquia. Ele estava lendo um livro de Paulo Coelho. Quase ao final da viagem, tomei coragem para falar com ele e disse: eu sou brasileira e esse autor que você está lendo também é brasileiro. E, ele surpreso me disse: é mesmo?...eu não sabia! Pois é...mas Paulo Coelho estava na sua escolha de leitura.

Também outra sensação da cidade é a Patisserie Meert, na rue Esquermoise, ao lado da Grand Place.

      Difícil é escolher o que saborear. Mas, experimente o Waffles ( gaufre) tradicional. Dos deuses!
      O ambiente do salão de chá tem o requinte da idade do lugar. Muito elegante!

                             E, a cidadezinha segue sua vida tranquila ao meio de tantos turistas.

E, para finalizar o dia, deixo um abraço para minhas novas amigas, que como eu, passavam pela pequena e encantadora  Lille pela primeira vez. Elas, da Bélgica-Bruxelas e eu, do meu amado Brasil.

                          Estavam ali aguardando quatro biéres bem geladinhas para brindar a vida!
                          Em Lille, não deixe de provar as cervejas. Experimentei e gostei.
                          E, olha que sou muito amiguinha dos vinhos!
                                                                                                                          Santè!
                         

Quartier Batignolles. Série Paris

Batignolles ( 17° arrondissement) é um lado bem calmo de Paris, mas sem perder a tradição.
 Feiras ao ar livre, jardins bem cuidados e intelectuais fazem parte do cenário.
                                                      Aqui é Paris sem as multidões de sempre.

As famílias circulam com seus carrinhos de bebês, crianças brincando, casais passeando ou simplesmente curtindo o frescor e o sol ...tudo no maior clima de domingo.
                              O lugar mais escolhido é o Jardin Batignolles.
                                               

                                                          Muita sombra e água fresca!

                                                     Aqui, dar de comer aos patos é uma tradição.

                                                            Dos maiores aos menores!
                                            Escolhendo a comidinha em suas mãos para dar aos amigos.

                       Encontro essa pequena...linda...tentando colocar os óculos de sol em sua boneca                     Quando me aproximo e ela vê que pretendo fazer uma foto, coloca-os rapidamente em si própria... e faz pose.                                                       Lindaaaaaaaaaaaa!

        Hoje o dia foi para reconhecimento do quartier, onde ficarei morando por três semanas.
                                    Já me sinto acolhida pela atmosfera do lugar.

                             E, sempre muito agradecida. Entrei na igrejinha do bairro para isso.
                   " A melhor maneira de agradecer por um belo momento é desfrutá-lo plenamente".
                                                                                          Autor desconhecido

                                                                                   À demain.

Le Cordon Bleu. Série Paris

O relógio foi devidamente programado para despertar às 6h30min da manhã.
O metrô funciona muito bem por aqui, mas não fica tão perto a escola de gastronomia mais bem conceituada do planeta. Pronto! Hora de sair.

Percebi que estava tudo tão quieto. As ruas caladas...apenas um e outro sobrevivente da noite anterior passando pra lá e pra cá. Mas, logo o dia clareava, é verão! Desconfiei do horário. Deveria estar na escola às 8h30 min e pediam para ser pontual. Putz...acho que estou um pouquinho atrasada! Chegando na 8, Rue Léon Delhomme - 75.015 encontro as portas ainda fechadas. Desconfiei. Perguntei ao estudante que aguardava...- Por favor...que horas são? E, ele: - 7h45 min.
 A conta dos ponteiros não fechou. Descobri então, que meu relógio estava uma hora adiantado!

                         Ao chegar, já gostei da vitrine. E, o prédio é grande e fica em uma rua tranquila!

 Logo, as portas foram abertas e gentilmente fomos convidados a entrar e tomar um café ou suco na sala do café, enquanto esperávamos as aulas começar.

Nesse espaço de um  azul lindo, Le Cordon Bléu recebe alunos de todos os lugares do mundo.
                 Encontrei esses dois simpáticos brasileiros...e, a gente fica feliz demais!

       
   Mas, essa estudante paulista falou, que quase poderia afirmar, que 80% dos alunos são asiáticos!

                  Queria vivenciar uma experiência nessa escola.
                  Portanto, ainda no Brasil, me inscrevi nesse curso, com duração de 3 horas.

O Chef Frédéric Lesourd encantou a todos, não só pelo seu grande conhecimento, mas também pelo seu humor refinado. Muito brincalhão, grande sensibilidade e mestre na arte do aroma e sabor.

                                     Como disse uma colega, que estava ao meu lado:
                                -  Ele borda quando usa creme para fazer os merengues!

                                E, foram 3 horas de puro prazer. Uma delícia de vivência! Recomendo.

                               Finnes aiguillettes de canard et aigre doux de fruits rouges.
                               Finas fatias de canard e molho agri-doce de frutas vermelhas.

                                                          Tarte Provençale
                                                         Torta Provençal

                                Pêche Pochée à la citronnelle, jus de cassis et meringue pistache.
                                Pêssego cozido com limão, suco de cassis e merengue com pistache.

        Acompanhar todos os passos não foi tão simples assim. Porque o Chef  fazia tudo ao mesmo tempo. E, o " meu francês" ainda não vai tão bem assim, obrigada! Mas, importante mesmo foi apreciar a beleza dos detalhes e se deliciar com o momento. Dos Deuses! Uma experiência que recomendo e recomendo.


                 Ao final,  degustamos aquelas artes cheias de gostosuras, aromas e visuais impecáveis!
                                                  E, uma foto para guardar no coração.

                     
                                                        Cousine des Amis. Cozinha dos Amigos.
                                                        Merci, Grand Chef Frédéric.
                                                      
                                                                                 Au revoir.

Para saber mais Le Cordon Bleu

Marché d' Aligre. Série Paris

                       Foi  ele, Rubem Alves quem me ensinou que a palavra tem alma!
                       Para sempre vou amar os seus escritos.

                                     " A vida não pode ser economizada para amanhã. 
                                                     Acontece sempre no presente" .
                                                           

                                                     " É fácil trocar palavras.
                                                       Difícil é interpretar os silêncios."

                                                      " É fácil caminhar lado a lado.
                                                         Difícil é saber como se encontrar."

                                                          " É fácil beijar o rosto.
                                                             Difícil é chegar ao coração".

                                                " A alma é uma borboleta...
                                                   há um instante em que uma voz nos diz que chegou o momento 
                                                   de uma grande metamorfose."

                                                                   " Eu sou muitos".

" Talvez eu seja um pouco de tudo que já li. Um pouco de tudo que meu olhar já aprendeu do mundo. Um pouco das belas músicas. Um pouco daqueles que me são queridos. Um pouco de múltiplos sentimentos e algumas fraquezas. Talvez eu seja um pouco do que você deixou em mim, mas em essência, o muito da minha essência, é algo delicado e misterioso".

                                                        " O que se encontra no início?
                                                            O jardim ou o jardineiro?
                                                                       É o jardineiro. 
    Havendo um jardineiro, mais cedo ou mais tarde um jardim aparecerá. Mas, havendo um jardim sem jardineiro, mais cedo ou mais tarde ele desaparecerá. O que é um jardineiro? Uma pessoa cujo os sonhos estão cheios de jardins. O que faz um jardim são os sonhos do jardineiro".


                           Minha homenagem a Rubem Alves, que não escrevia, amava a palavra!
                           Na diversidade do cotidiano, na simplicidade do ser humano, nas suas próprias profundezas, encontrava as palavras certas e as jogava ao vento, leves e soltas permeando suas inquietações e seus sossegos. E, as palavras flutuavam, deslizavam, caiam e no fim pairavam nos corações de quem as saboreava. E, assim, continuarão!
                                                                   À demain. Au revoir.