Um dia de chuva merece aplausos. Tudo fica mais quieto ali na rua. As pessoas se recolhem; umas aproveitam esse clima para curtir a casa, um bom filme, fazer uma comidinha gostosa, retomar aquele livro esquecido ou fazer nada...outras, reclamam porque o sol não apareceu, não podem ir para rua como sempre, não sabem o que fazer em casa com o nada, que dizem ser um tédio.
O fazer nada é também fazer. Nada!
E, nesse fazer nada muita coisa pode ser produzida. Nesses momentos do nada podem surgem pensamentos, reflexões, decisões. O tempo é todinho para si; cuide para não ter interferências sabotadoras. Aproveitemos o silêncio com alegria e tranquilidade. Olhemos melhor e com mais calma para retomar, continuar ou modificar escolhas.
A atmosfera da chuva pode nos dizer: olhe mais para si mesmo. Pare um pouco; diminua a correria. E, veja como anda a relação entre você e o seu eu. Estão em paz? Convivem em harmonia? Vocês conversam silenciosamente para fazer ajustes? Gostam um do outro? Ou vivem em constante guerrilha, alimentando baixa estima, reforçando pensamentos negativos a seu próprio respeito.
Que tal explorar o dia de hoje. Esse dia pode fazer diferença ao encontrar dentro de nós o que temos de bonito a ser realçado, destacado e agradecido. O encontro com nosso bem estar é tarefa contínua e trabalhosa. E, só nossa. Mas, vale muito a pena. Um olhar aqui, uma dica ali, um dia atrás do outro.
Um dia de chuva para limpar a nossa alma. E, temperá-la com o melhor que existe em cada um de nós.
Assim, do nada.
Voilà!