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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Amigas para sempre

Fico me perguntando: somos nós quem escolhemos os nossos amigos ou são eles que nos escolhem. Talvez por não ter uma  resposta assinalo a alternativa do meio: amigos verdadeiros se encontram e ficam para sempre.

Éramos muito jovens. Nos conhecemos através de nossos namorados, na época. Fomos apresentadas antes de embarcar em um pequeno barco para um passeio pelo Rio Itajaí Açu. Confessou-me tempos depois que não me achou muito simpática ( risos). Mas, o acaso nos forçou a ficarmos sozinhas e juntas naquele barco por um longo tempo. A gasolina acabou e lá foram os dois amigos comprá-la e enquanto isso tivemos que nos " entender" e irmos aos pouquinhos nos conhecendo. Estávamos no mesmo barco! E, nascia ali uma linda amizade para sempre.

Os namoros transformaram-se em casamentos; filhos nasceram; pequenas viagens em casais;  acampamentos; programas de finais de semana; joguinhos de carta; passeios por aí; viagens com amigas; viagens como no tempo do barco sem gasolina...só nós duas. E, a vida foi se pondo. Formamos uma dupla para tudo o que desse e viesse.

A despedida do ano de 2015 será uma homenagem à minha doce amiga Cláudia. Que carinhosamente apelidei de Lavandinha. Porque ela era a própria lavanda: exalava perfume por onde passava; de cor suave e vibrante; única como cada flor que colheu; múltipla tal qual eram os campos de lavanda que amava. Que falta fazes no coração de todos com tua partida, Lavandinha. Que falta fazes!

















       Gratidão eterna pela pessoa linda que te tornaste e pelas muitas vivências que tivemos,  minha querida amiga e irmã do coração.
                                                                    O que nos distancia? Nada!
        Continuamos no mesmo barco. Apressada, remaste mais rápido e foste na frente.
        Então, me resta dizer até breve, porque a vida aqui é como um sopro. Bem sabes disso!

   
                                                                        " quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão; poderá morrer de saudade, mas nunca estará só." 
                                                                                                                 Amyr Klink

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Moussaka por Sander ...em Dubai

Moussaka é um prato típico da Grécia. Um tipo de lasanha feito com carne moída, batatas e berinjela.


O resultado final foi esse. De dar água na boca! Mas o começo de tudo foi um papo com Sander, um amigo brasileiro, querido e que reside em Dubai, dizendo que gostaria de fazer essa delícia para nós. Então, aproveitando a deixa logo me candidatei a ajudá-lo com a segunda intenção de descobrir os segredos dele na cozinha, ao preparar essa iguaria. Vamos lá!

*2kg de berinjela cortadas em rodelas e salgar bem. Deixar alguns minutos no sal e lavar bemmmm. Espremer e grelhar numa grande forma ( fogão ou forno) até ficarem macias.


*2kg de batatas cortadas em rodelas. Cozinhar 15min em água e sal. Retirar e colocar no forno com óleo bem quente para dourar por mais 15 min.


                                                                    Devem ficar assim!


*2kg de carne moída refogada com cebola, tomate, temperos verdes, sal e o que mais quiser para deixá-la saborosa.


                                                    Quase três horas de total dedicação, não é Sander?
 

      * Fazer molho branco com 1litro de leite: manteiga, cebola ralada, trigo, noz moscada...

         Pronto. Agora, pegue uma assadeira ou pirex e vai fazendo camadas:
1. Batata assada
2. Carne refogada
3. Beringela assada
4. Molho branco
5. Queijo muzzarella
E, forno 200 graus por meia hora para gratinar.



Pela combinação de sabores que apresenta a Moussaka é um prato surpreendente. O leve picante da berinjela, a consistência da batata, a suavidade do bechamel e o toque clássico da noz moscada fazem uma verdadeira explosão na hora de degustar.


Mas, o verdadeiro sabor dessa explosão é a amizade que fica impressa em cada detalhe. Ter amigos é de fato um grande presente da vida, que tal como cozinhar é preciso dedicação, amor, paciência e acertar na pitada do sal e do açúcar.


                                           Um equilíbrio entre o recolher-se e o expandir-se...

                     " A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente." 
                                                                        Rubem Alves


                                                                      Santè. Merci!

sábado, 14 de novembro de 2015

Hora de mudança

A principal razão da minha vinda para Dubai foi dar apoio logístico na mudança de apartamento de meus queridos filho e norinha. Vim muito disposta e cheia de boas intenções para embrulhar coisas e coisinhas. Aliás, muitasssss coisas. Mas, para minha surpresa contrataram uma empresa que embalaria tudo.

A campainha bate. Hora da mudança!!
Escuto meu filho suspirar forte e meio cambaleando foi abrir a porta. Havia chegado de um voo na madrugada ( é comissário) e por isso dormiu quase nada! Mas, vamos lá. Quando cheguei na sala havia um grupo de seis homens indianos, com dezenas de caixas, que parecia disposto a finalizar tudo em poucas horas.


                                             Mas, o trabalho de encaixotamento levou o dia todo.



Finalmente, tudo pronto para ser transportado. Eles foram levando as caixas, aos poucos, para o caminhão. Por isso não tínhamos ideia da quantidade delas. Mas, logo veio a constatação...eram tantas que ficamos assustados. E, a pergunta: como aquilo tudo caberia dentro do novo apartamento, que é bem menor... ou seja, com um quarto a menos?


Ao levar as caixas para o novo apartamento escutávamos as conversas entre os carregadores que falavam hindi ( língua indiana) e os risinhos que não nos pareciam muito otimistas...pelo contrário, provavelmente eles estavam ironizando a situação e questionando como seriam colocadas aquelas sessenta caixas ( isso mesmo...mais de sessenta) dentro de um espaço menor do que era antes. E, o questionamento não era só deles, era nosso também!!!!


Mas, aos poucos (durante a semana) fomos esvaziando as caixas. Era uma festa quando conseguíamos colocar mais uma vazia para o corredor. Tudo foi se ajeitando. E lógico, muito descarte também aconteceu. Na postagem anterior mostrei nossa ida ao Mercado de Pulgas onde vendemos todos os excessos desnecessários. E, o apartamento ficou muito confortável e acolhedor.


 Ao acordar no dia seguinte tudo foi recompensado pelo lindo visual, pela claridade adentrando a sala e a sensação de um novo recomeço aos meus queridos. Nova energia, novas esperanças e novos dias.


Porque toda mudança dá muito trabalho físico, mental e emocional. Porém, esse movimento areja, desacomoda e oportuniza um novo olhar para a própria vida.


      E, quando a noite chega, as luzes de Dubai ficam lindas refletidas nas águas do Canal do Creek. Uma cena que pode ser apreciada todos os dias, através da janela. É nessa hora que agradeço pela oportunidade de estar ali e participar desse momento de mudança. Porque ao acompanhar a mudança deles, muda também a minha energia e aumenta a alegria por ter tido a oportunidade de fazer meu papel de mãe, que tanto amo.
                                                                                  Uma linda vivência, Marildinha!


domingo, 8 de novembro de 2015

Mercado de Pulgas (Flea Market) em Dubai.

Estou aqui em terras árabes. Vim para ficar 10 dias, mas ficarei bem mais. É a primeira vez que permanecerei um mês...e estou adorando. Coisas pra fazer não faltam.
                                          Ontem foi dia de Mercado de Pulgas, no Zabeel Park. 


Fomos como participantes. Uma experiência super diferente. O objetivo de todos que se inscrevem como participantes é vender coisas usadas.

Primeiramente fizemos a inscrição online pagando uma taxa de Dhs290,00 ( duzentos e noventa dirhams que equivalem aos nossos R$ 290,00). Feito esse pagamento tivemos direito a uma mesa e duas cadeiras. Ao ar livre...presenteados pela sorte conseguimos uma mesa debaixo de árvores...mas cadê as cadeiras? elas não estavam lá.


Chegamos no parque antes das oito horas da manhā, com quatro grandes e pesadas caixas. Ainda bem que logo apareceram dois carregadores para nos ajudar...claro!...mediante pagamento de trinta dirhams. Pagaríamos mais do que isso...rsrsr...ainda bem que nāo suspeitaram da possibilidade de melhorar o ganho!


O que me chamou  atenção foi a quantidade de pessoas vendendo coisas....muitas mesas...muitas pessoas de todas as nacionalidades e muitos produtos...os mais inimagináveis.



                      E, uma população enorme interessadíssima em comprar por preços baixos.


Tínhamos muita coisa para vender, pois meu filho e nora acabaram de trocar de apartamento...de um maior para um menor...e o descarte foi coisa séria!!!! Desde panela elétrica pra cozinhar arroz, cortinas, roupas, calçados, livros  até cabides, mata mosca, peruca fantasia entre outros.



Em quatro horas vendemos praticamente tudo. Mas, era assim...se pedíamos 30 eles ofereciam 5 e levavam por 10 Dhs. Uma pechincha total. Valor alto, nem pensar. Mesmo as coisas boas que valiam 150 Dhs foram vendidas por 60...senāo nāo dava negócio. Uma experiência única. Foi divertido.

Quando o relógio marcou meio dia, já cansados,  colocamos algumas poucas peças que sobraram em uma caixa e demos de presente para a moça da mesa vizinha, que ficaria até as 18h (provavelmente). Ela ficou super feliz porque poderia fazer mais um dinheirinho com as possíveis vendas.


Balanço do dia: dinheiro em caixa para cobrir o valor da mesa e do carregador das caixas e ainda alguns bons dirhams para a alegria do bolso. Mas, o grande ganho foi a vivência da Marildinha. Ao lado do meu filho e da sobrinha de minha norinha, numa grande parceria, trabalhamos, negociamos, rimos muito e constatamos que há espaço para todos nesse mundo!!

                       
                                                              Foi auspicioso! SHOUKRAN

domingo, 11 de outubro de 2015

Amor por sua criança interior

Todo adulto carrega em seu íntimo a criança que foi. Esse pequeno que vive dentro de cada um participa de muitas decisões e ações da vida adulta. Quando menos se espera...lá está algum traço, que muitas vezes somente é notado por familiares que participaram do crescimento, desde a primeira infância.

A pessoa cresce e sua criança interior vai junto com ela, influenciando a visão que tem de si mesma e do mundo, assim como seus atos e escolhas.


Ao estabelecer contato com sua criança interior, sem dúvida irá conseguir libertar muitas emoções que estão presas em você desde a infância. Em alguns momentos, esse encontro pode ser muito doloroso, pois não é fácil recordar o que nos fez sofrer, mas ao mesmo tempo é libertador lamentar com ela suas dores reprimidas, deixá-la chorar livremente e principalmente descobrir que não é verdade o que fizeram acreditar sobre quem somos. Mas é possível transformar toda a dor ao reencontrar com essa criança que está dentro de você e que apenas espera por seu amor.


Em nossa criança interior, tanto os momentos bons como os ruins estão gravados. O objetivo de reencontrar essa criança é resgatar o que houve de bom e elaborar o que houve de ruim. O modo como fomos tratados quando crianças é o modo como nos trataremos pelo resto da vida.


Quando criança, talvez não pudéssemos modificar ou entender a realidade, mas agora, adultos, podemos e devemos nos tornar responsáveis por essa criança, como se fôssemos nosso próprio pai e mãe. ( Fragmentos de texto: Rosemeire Zago)


Como tem se tratado? Com compreensão e amor? Quando vai ouvir a você mesmo? Espero que você tenha autoconfiança suficiente para ser o aliado da sua criança, Você pode não confiar absolutamente em ninguém, mas você pode confiar em si mesmo. De todas as pessoas que você conhece na vida, você é a única a quem nunca vai abandonar e a única que nunca vai perder.



Entre em contato com sua criança. Converse sempre com sua criança e procure agradá-la. Lembre-se do que gostava de comer na infância ou o que gostaria de comer hoje, caso fosse criança. Vá comprar e delicie-se. Do que gostava de brincar? Lembre-se de algumas brincadeiras e não se acanhe, vá brincar! Que tal se deixar rolar na grama? Melhor ainda se for junto com aquela pessoa especial que você ama. Ou ainda, fazer aquela pipa e sair para empinar. Relembre, invente!


terça-feira, 6 de outubro de 2015

Frida Kahlo-Conexões entre mulheres surrealistas no México

Mulher de fibra, mexicana, revolucionária, grande questionadora e muitas cores em seu mundo inconsciente. Essa foi a leitura que pode ser feita ao visitar as obras originais incríveis de Frida Kahlo ( e outras mulheres) que estão expostas no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.



A exposição ( 27 set-10 jan.2016) está maravilhosa.
É capaz de nos transpor no tempo com tantos detalhes.



O tema central é a Mulher. Sob o olhar individual das artistas, o acervo vai se revelando nas interpretações. O simbólico, característica principal do surrealismo, faz com que o tempo fique curto ao tentar decifrar os códigos de cada obra.



 Freud, pai da psicanálise, foi o grande mentor e inspirador dessa coleção de arte, podendo-se dizer que de forma indireta. Através do inconsciente coletivo, teoria de Sigmund Freud,  foram surgindo artistas e obras fantásticas na época do surrealismo e que causaram muito desconforto aos mais tradicionais.


 
Magdalena Carmen Frieda Kahlo y Calderón ( Frida Kahlo) nasceu em 1907 na cidade do México. Com seis anos, Frida contraiu poliomielite, a primeira de uma série de doenças, acidentes, lesões e operações que sofreu ao longo da vida. A poliomielite deixou uma lesão no seu pé direito, pelo que ganhou o apelido de Frida pata de palo ( ou seja Frida perna de pau). Passou a usar calças, depois longas e exóticas saias, que se tornaram uma de suas marcas pessoais. Em 1928, entrou no Partido comunista mexicano e conheceu o muralista ( um dos mais famosos pintores mexicanos)
 Diego Rivera, com quem se casa no ano seguinte. ( Enciclopédia livre)
 


" Existem momentos na vida da gente, em que as palavras perdem o sentido ou parecem inúteis, e, por mais que a gente pense numa forma de emprega-las elas parecem não servir. Então a gente não diz, apenas sente." - Sigmund Freud


                                                                                Até mais!